sábado, 8 de março de 2025

TODA MULHER É UMA FLOR.

 




Você é flor de açucena,

Advinda de reino distante,

Pétala delicada, tão pequena,

Perfumada, tão elegante,

De olhar poderoso, face serena,

Deixastes o meu coração agoniante,

Quando sou apenas esta sombra esquia,

Lá adiante, esquecida, apagada, nua e fria.


Você é tão linda quanto a pulméria,

Glamourosa, toda ornamentada,

Às vezes quieta, por outras séria,

Às vezes extravagante, por outras recatada,

És o rubro sangue a pulsar nessa artéria,

Dentre tantas no Olimpo, a mais veneranda,

Exalando a tua fragrância, teu doce veneno,

Em ardentes beijos em lábio pequeno.


Você é superior ao crisântemo vermelho,

Em cada pequeno detalhe é majestosa,

Diante de ti eu me ajoelho,

És tão única, incomparável, poderosa,

O reflexo delirante em meu espelho,

Flor de meus sonhos juvenis, tão generosa,

A tua delicada pétala, em nada assemelho,

Enlouquecido está o meu fraco coração, 

Devorado pelo fogo consumidor da paixão.


Você, minha dália rara,

De cor única, sem igual,

Em nada se compara,

Flor magnânima, especial,

De majestade se adornara,

Divino ser de toque angelical, 

Diante de ti, quem eu sou?

De meu seio, o que restou?


Você, orquídea de fragrância adorável,

Derramando sua majestade por onde passa,

De cores ímpares e de beleza inigualável, 

Neste seio moribundo a dor de amar me laça,

Pareço não ter forças, o amor é um mal incurável,

De seus laços não há quem se desfaça,

O meu coração rapidamente enlouqueceu,

Diante de seus olhos se perdeu.


Você, adorável túlipa de pétalas reluzentes,

Habitante soberana do jardim primavera,

De olhares altivos, em nada benevolentes,

Tendo em teus domínios tudo quanto pudera,

Embora ainda que estejamos ausentes,

Restou-lhe o assombro de nossas quimeras,

De dominadores somos agora dominados,

De amores por ti, morreremos todos condenados.


Você, minha alva magnólia oriental,

Símbolo da pureza e da perfeição,

És única em estatura descomunal,

Trazendo alívio para este desesperado coração,

Vê, já não basta este mundo tão desigual,

Vê, elas já não são coroas brilhantes da criação,

Erga-te, ô gigante, entre nuvens e vá sonhar,

Eleva-te, ô gigante, onde ninguém possa te alcançar.


Você, magnânima rosa de meu sonho,

Exibindo tua rubra pétala exuberante,

Ao olhar cobiçoso, às vezes tão medonho,

De um amor desajustado e abundante,

Em versos tortos, em dizer tristonho,

De um poeta solitário, louco e errante,

O que será da minha pena e deste meu verso,

Neste vago e vasto inquieto universo.


Você, calêndula reluzente,

De pétala tão delicada,

Flor única, diferente,

De majestade adornada.

Ao toque alheio indecente,

Pétala por pétala arrancada, 

Diga-me, se bem-me-quer,

Diga-me, se mal-me-quer.


Você, majestosa lótus de puro amor,

De mil desejos e encantos infinitos,

Com este teu olhar abrasador,

Ardente e cheio de delitos,

Atende ao meu incessante clamor,

Resolva todos os meus 

conflitos,

Pois é o teu cálice que tanto desejo,

O teu toque incandescente de teu beijo.

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