domingo, 14 de agosto de 2022

Crônica de domingo.

    

   


PENSAMENTOS E IMAGINAÇÕES.


   Não posso continuar com esses pensamentos em minha cabeça, todos esses devaneios são prejudiciais, devo, e reconheço, reavaliar cada fagulha da minha insana mente trazendo-a para a luz. A princípio esse é o plano, no entanto, estou longe de conseguir obter sucesso. Por vezes tentei declinar de meus sórdidos pensamentos, desviando as imaginações em direções mais agradáveis ao caráter. De início funcionou bem, tendo relativo sucesso, no entanto, bastou uma fagulha contrária e tudo se pôs a perder, todo o meu trabalho se esvaiu como água entre os meus dedos. E lá fiquei novamente, perdido entre tantos pensamentos e imaginações imperfeitas, loucuras da minha, se é que posso denominar assim. Essas desventuras do inconsciente tornam-se visíveis ao quociente em frações de segundos.

   Às minhas conclusões primárias é de que devo estar ficando louco, nada menos do que isso, não me ocorre outra conclusão. Sou constantemente atacado por toda sorte de infortúnios mentais.

    Me recuso a acreditar na minha pessoa, sempre buscando esclarecer o que é óbvio demais. Imagino além do que se pode aos normais, tais imagens na tela da memória, por vezes, tão devastadoras.

   Durante semanas foi isso que aconteceu aqui dentro da cabeça deste que vos escreve. Criei um ponto de contato, uma faísca apenas de certas experiências que acontecem somente na minha cachola. Eu tentei lutar contra isso, extremo esforço para desvencilhar o cérebro de construir as imperfeições deste mundo irreal imaginário, por fim, fracassei. E lá estava esse filho da solidão desfrutando do fruto proibido oferecido por uma consciência degenerada.

   Essa noite tive toda sorte, ou falta dela, não sei ao certo, de pensamentos desalinhados ao caráter, não que sejam ruins, contudo, nada éticos com certeza, se é que me faço entender. Não sei mais o que fazer a respeito. Por esses dias eu tenho trabalhado em um projeto literário novo, um livro de ficção científica. Eu gosto do assunto, me interesso demais por tudo que desrespeito a ciência. Não é a primeira vez que escrevo sobre o assunto. Tempos atrás escrevi um conto por título, jornada no tempo, em que o personagem principal, vivendo no futuro, consegue viajar para o passado. Essa história foi postada no recanto das letras, tendo muitas visualizações, elogios e pedidos para que eu a continuasse. Somente agora que tomei o impulso necessário para voltar a escrever.

   Enquanto eu estiver na árdua tarefa de criar uma história fictícia, de certo modo estarei privando os meus pensamentos de um desalinho total, de vãs e desagradáveis imaginações.Eu sei que, haverá momentos em que a própria mente, completamente em desacordo com a consciência, haverá de me trair, então, quando menos esperar estarei viajando na tela imagética de idéias desfiguradas. É um terrível privilégio ter a capacidade de criar todo um cenário caótico que não existe na realidade com riqueza de detalhes. O poder do pensamento nessas questões delicadas é sem precedentes, de modo que não tenho como detê-lo. Não era bem o que eu pretendia escrever nessa crônica, essas idéias estão mais para um refluxo de pensamentos contrários do que qualquer outra coisa, mas, é o que saiu, sei que, daqui há pouco, estarei com estas mesmas quimeras me assombrando novamente.




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