domingo, 26 de setembro de 2021

Crônica.

 O QUE FAZER?


As manifestações a favor do presidente lotaram a avenida Paulista no último feriado, ruas repletas de manifestantes, camisas verde e amarelo, rostos pintados, pedidos que refletem a vontade do povo. A suprema corte foi o alvo nos dizeres em diversos desses cartazes. O desejo daqueles que lá estavam é que o governante tomasse decisões duras contra os outros poderes e seus respectivos representantes, cogitando até mesmo usar a força militar para tais atos. Uma boa parcela da população acreditou que alguma coisa de extraordinária aconteceria dentro daquilo que era o clamor da maioria presente. Houve por partes dos que defendem o presidente que aquele seria o dia "D" para mudar o que parece não ter mais solução.

A oposição também fez atos contra o governo, pedindo o impeachment do presidente, no domingo, 12, na avenida Paulista. Agitações de lideranças com direito a danças  e discursos contrários, enquanto parte do grupo proferia xingamentos. Não era um número tão expressivo de pessoas como no feriado.

Na fala contrária, afirmações do tipo, “quem tem medo da verdade não respeita a democracia” e pedidos de união das diferentes correntes ideológicas. Além do Governador do estado mais rico da nação, outros quatro, também presidenciáveis, participaram da manifestação contra o presidente. Nada aconteceu para nenhum dos lados... Os militares não arrombaram as portas da suprema corte para levá-los como muitos desejavam, tão pouco tomaram as rédeas da governança. Em contrapartida, impeachment, parece improvável no momento, não que seja impossível, no entanto, parece haver falta de vontade para colocá-lo em prática. Sempre aparece uma coisa e outra, a questão aqui é ali que impede de acontecer. É puro jogo político, essa é a realidade.

A verdade é que estamos longe de resolver a gravíssima situação do país, fala-se tanto, faz-se pouco, um oceano de palavras para um riacho de atitudes. Enquanto isso, pagamos o preço, 'literalmente', carne, combustíveis, luz, possíveis crises vindo a galope. 

O que fazer?

Alguém vai dizer que com o voto podemos mudar essa situação... Será mesmo? Essa mudança no voto já foi feita e refeita, veja bem, colocaram esse é aquele, e a coisa continua ladeira abaixo. Me parece que o problema não está na unidade, em 'um' apenas. O problema sempre esteve no 'todo', naqueles que criam leis e as aprovam. Não adianta ter boas intenções se você não tem o apoio de seu parlamento para pôr em prática. Da mesma maneira não adianta agradar o parlamento cedendo as suas vontades egoístas. Do jeito em que está realmente fica difícil qualquer coisa. Não vejo soluções a curto prazo, talvez, com um milagre extraordinário, tenhamos o Brasil dos nossos sonhos. Para que isso aconteça sem a intervenção milagrosa, teremos que saber diferenciar as coisas, e não enxergar apenas 'direita e esquerda', mas, sermos bem mais humanos, humildes. Há pessoas que neste momento em que escrevo essa crônica não tem o que colocar na mesa no dia de amanhã. Não é a esquerda ou direita  detentora da salvação... A solução está na justiça e integridade de caráter de cada membro que com a sua atitude e virtude compõe a totalidade governamental do país de caráter limpo.


( A.L )


sábado, 18 de setembro de 2021

Crônica.

 NÃO SEI…


Não sei… É uma maneira incomum de se começar uma crônica, eu bem sei amigo leitor, que haverá outros textos bem mais interessantes do este em que os seus olhos pousaram, mas, permita-me explicar o motivo do, “Não sei” que deu início a nossa, por assim dizer, conversa. Sem mais delongas, vamos lá.

Cheguei do trabalho às dezessete e trinta da tarde, em ponto, cansado, pés e pernas doendo, o sol lentamente caindo no horizonte, ruas sem muito movimento, nenhuma novidade nisso. Como eu estava dizendo, cheguei cansado, nem bem terminei de abrir o portão e fui recebido por minha filha. Dessa vez ela não estava com um sorriso alegre no rosto. Pelo contrário, estava com os olhos miúdos e cara de bolacha, de imediato perguntei:

─ O que aconteceu minha filha?

A resposta foi rápida, certeira, direto no alvo.

─ Tédio…

Eu não lhe respondi mais nada, ela entrou em casa e foi direto para cozinha, ficou andando de um lado para o outro, inquieta. Enquanto eu tirava a marmita da minha mochila, arrumando uma coisa e outra, fiquei observando sua fisionomia pesada. A minha filha tem dez anos, não era para ela ter 'tédio', isso não combina com sua idade, mas… Os tempos são outros. Na minha época de criança, aos dez anos, eu nem sabia o significado da palavra 'tédio'. Eu queria mais era brincar e correr. Fazenda, liberdade, nada dessas modernidades de hoje em dia. Como eu disse anteriormente, os tempos são outros.

Fui tomar café, conversar um pouco com minha esposa antes de ir para o banho. Lá estava minha princesa, com a mesma cara emburrada, andando de um lado para o outro. Retornei para cozinha após o banho, minha filha estava na sala, no computador, continuava com a mesma fisionomia triste. Foi nesse momento que comecei a compreender toda a coisa, ela estava com o meu computador, jogando roblox, o seu jogo favorito, que, sinceramente, não vejo graça. Lancei outra pergunta:

─ Filha, porque você não está jogando em seu micro?

─ Ah! Pai… O meu micro está ‘bugando’ muito 'bugado', não dá para jogar. Começo e daí já trava tudo…

─ Entendo.

Foi aí que a coisa toda fez sentido. Na tentativa de tirá-la do 'tédio' eu sugeri diversas coisas; ler, escrever, lavar a louça para sua mãe, embora ela tenha lavado alguns copos e pratos, continuava sem um sorriso no rosto. Levantei-me e fui para sala, convidei-a para assistirmos qualquer coisa na TV, ela aceitou. Não estava passando nada de interessante, como o meu computador estava ao lado, resolvi escrever a crônica da semana. Foi aí que a perguntei sobre o que escrever, ela me respondeu na mesma entonação de antes. “Não sei”, eu lhe disse, “Pronto, é com esse seu ‘não sei' que vou começar a escrever" e assim nasceu essa crônica.

Minha filha ficou o tempo todo ao meu lado, acompanhando cada palavra escrita, por vezes rindo, em outros momentos fazendo careta, dizendo "Ah! Pai, não escreve isso não". Acabei por arrancar vários sorrisos de seu belo rosto... Finalmente, dia ganho, crônica escrita, tudo graças ao, 'não sei', seguido do 'tédio' de minha filha.



( T .P )


domingo, 12 de setembro de 2021

CRÔNICA.

 ALIENÍGENAS.

  Há quem duvide que tenha vida fora da terra, jurando de pés juntos que aliens não existem, ainda dizem que toda essa história é pura invencionice, coisa de doido. Pois bem, há quem acredite sim na existência deles, e, que ao contrário, fazem juramentos de pés ainda mais juntos na vida fora do globo azul, tão real quanto a nossa, completam dizendo terem visto objetos semelhantes a disco voadores no céu, quando questionados a respeito apresentam argumentos para sustentar suas afirmações. 

  Conheço uma infinidade de pessoas que relatam avistamentos e outras apontando para esses ditos relatos como fantasiosos. Tanto de um lado como de outro são apresentadas as supostas provas daquilo que estão dizendo.

  Comentar sobre vida extraterrestre sempre gera discussão, na maioria delas, desagradáveis. É o mesmo que discutir sobre futebol, política ou religião. Na maioria das vezes, para não dizer em todas elas, eu fujo desses assuntos, mas, nestes últimos dias, com tantos relatos de avistamentos pelo mundo resolvi - a contra gosto é claro - falar a respeito. Eu vou já me adiantando, não sou especializada no tema, contudo, o acompanho a certa distância. Nunca foi algo que me prendeu a atenção, algumas de minhas colegas são fissuradas em tudo que se relaciona aos 'verdinhos marcianos', brincadeiras à parte, aqui estou na tentativa de falar um pouco do que não temos certeza se existem.

  Segundo o Wikipédia; O incidente de Varginha ou Incidente em Varginha, como ficou conhecido pela imprensa brasileira, foi uma possível série de aparições de Objetos Voadores Não Identificados, que inclui uma suposta captura de seres extraterrestres inteligentes (pelo menos um deles ainda vivo) pelas autoridades militares brasileiras, em 20 de janeiro de 1996, no município de Varginha, sul do estado de Minas Gerais, município conhecido como centro desta região produtora de café. Existem relatos famosos no mundo, e não vou comentar aqui, cito apenas o que ocorreu em terras brasileiras. Como eu disse no começo, muitos defendem como verdade, outros a negam.

   Enfim, acreditando ou não, os casos estão por toda parte, aos montes todos os dias. Eu sei que existem bilhões de sistemas solares que se assemelham ao nosso, com planetas tendo capacidade de abrigar vida - comprovado cientificamente - se existe vida por lá, ninguém sabe, porém, as possibilidades de haver civilizações intergalácticas parece provável. 

   Fica a seu critério acreditar ou não, euzinha aqui, penso ser possível sim ter vida lá fora. Seja ela criada por Deus, ou por bactérias que se desenvolveram... No que isso muda nossa vida? E daí que tenha ou não vida inteligente orbitando o espaço? Já está difícil compreender os seres deste planeta, imagine os de outros planetas. Apesar que, tem pessoas por aí que vamos combinar... Se não for alienígena, é fortíssimo candidato a se tornar um. É isso galera do bem, caso você veja qualquer coisa anormal no céu, não conte a ninguém, guarde para você suas experiências, no mundo de hoje não vale a pena comentar, aliás, nada mais está valendo a pena nessa terra sempre à beira do abismo...


( L .B )

sábado, 4 de setembro de 2021

Crônica.

 LUZ NO FIM DO TÚNEL?



 Não vejo mais harmonia entre os poderes deste país. Embora pareça haver certo entendimento entre os maiorais do parlamento, não acredito que de fato haja. Basta uma ideia divergente do que a maioria deseja ou planeja e pronto, a paz - que diga-se de passagem nunca existiu -  se desfaz rapidamente. 

Dentro do parlamento parece existir uma força oculta, exercendo influência na maioria dos que ali figuram. Determinando o que acontece ou não dentro da casa, qual projeto será votado e aprovado e qual vai para a gaveta do esquecimento. É uma verdadeira maquinação de um sistema muito em articulado, determinado o que cada engrenagem fará.

 A disputa pelo poder é grande, o duelo entre os, 'cabeças', parece não ter fim. É sempre a mesma coisa. Para tudo o que é votado parece haver uma moeda de troca - por assim dizer - " aprovo esse projeto se o meu partido tiver tal ministério", ou, se eu for beneficiado de alguma forma. Enfim, esses tipos de acordos sempre eram vistos por todos, ainda que, quase todos de forma estranha, ignorasse o que está nu diante de todos os olhos. Jornais noticiando o tempo todo essa falha de nosso parlamento, e ninguém parece se incomodar com os fatos.

 Hoje, temos a CPI, visando apurar erros, fraudes, corrupção e favorecimentos nas compras das vacinas. Nomearam alguns dos pares políticos para julgarem os supostos 'escândalos' e acharem os possíveis culpados de gastarem o que não deviam. Pois bem, é esse outro absurdo impossível de se compreender, uma vez que, aqueles que são responsáveis por julgar, também respondem há inúmeros processos na justiça por vários crimes. Aquele adágio popular que diz: " Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão", deve-se aplicar nesse caso também, com pequena modificação. " Ladrão que julga ladrão tem cem anos de perdão". 

Para que os senhores leitores entendam.  

 Essa semana, quando fui abastecer meu carro, pedi ao frentista a nota fiscal. De pronto ele concordou e foi buscá-la. Com a nota em mãos e os olhos já adestrados, direcionaram-se para onde se discrimina os impostos, tributos federais e estaduais. O imposto Federal sobre o combustível estava zerado, maravilha, mas, já o estadual, figurava-se na casa de mais de sete por cento. Ou seja, o governador do meu estado não quis zerar o imposto a exemplo do governo... E depois o presidente da república que é o culpado da gasolina estar com o preço nas nuvens.

 Não vejo resultado nem eficácia nas manifestações pelo país a favor disso ou daquilo, nem contra esse ou aquele. Quem determina tudo, o destino e a vida política dessa nação são justamente aqueles que, com o nosso voto, ocupam as cadeiras importantes do nosso parlamento. Para tudo é necessário votação e aprovação da maioria, e é justamente esse o segredo, a chave que abre todas as portas. Jamais 'eles', donos do dito 'poder', votaram qualquer coisa que os prejudique mais a frente ou que os seus comparsas e nem arranhar as suas imagens de bons samaritanos da nação. Perdoe meu pessimismo... Está difícil de acreditar que exista luz no final desse 'interminável' túnel.



( A.L )


CRÔNICA DE DOMINGO.

      UM PÁSSARO EM MINHA JANELA.     Um pássaro pousou em minha janela.     Quisera eu ter a paz e a tranquilidade da pequena ave que pouso...