UM LIVRO DE TIRAR O FÔLEGO.
A crônica de hoje será uma breve pincelada sobre um grandioso livro, dedicarei esse tempo para lhes mostrar a impressão que tive do respectivo livro, lido, por ocasião desses dias, achei que aspectos da trama são peculiares com tudo o que está sendo descortinado em nossos dias. A literatura é um importante instrumento de libertação, livros bons são mais do que janelas, tornam-se portas abertas para novos mundos.
Sendo assim, passemos adiante.
Terminei de ler 1984, do escritor norte americano, George Orwell, sem nenhuma dúvida, um belíssimo livro de tirar o fôlego, terminei-o em uma semana eu acho, ou menos. Em outras ocasiões eu já havia lido George, A revolução dos bichos, outro livro de tirar o fôlego. No entanto, 1984 estava na minha lista há tempos, somente agora que consegui lê -lo, confesso que estou arrependido de não tê-lo feito anteriormente.
A primeira impressão foi maravilhosa, já digo de antemão.
O livro é um romance distópico publicado em 1949, ambientado na (anteriormente conhecida como Grã-Bretanha), agora, uma província do superestado da Oceania, em um mundo de guerra perpétua. Esse superestado está sob o controle da elite do Partido Interno, um governo que perseguem o individualismo e a liberdade de expressão como sendo "crime de pensamento", que é aplicado pela "Polícia do Pensamento".
Winston é o protagonista do romance, no livro o mundo todo está dividido entre Eurásia, Lestonia e Oceania, países que, supostamente vivem em uma guerra sem fim. O foco narrativo é no protagonista, vivendo debaixo dos olhos do grande Irmão, presente em todas as partes controlando a vida de e a liberdade de todos. Winston é o responsável por falsificar notícias antigas, de revistas e jornais, modificando a história, já passada, conforme a vontade e as ideias do partido.
O narrador traz você para dentro da trama, de modo que não conseguimos parar de ler, é impossível não fazer comparações com o que estamos vivendo atualmente, a impressão que tive é de que o livro foi escrito nesse tempo e para essas coisas. Enfim, continuando, a única necessidade de Winston é de ter contato verdadeiro com as pessoas, vivências humanas melhores, autênticas, sem medo de expor as idéias e ser pego pela 'polícia do pensamento'. No livro, a sociedade é completamente dominada, nada e nem ninguém escapa dos olhos do grande irmão, olhos esses, não só presentes nas 'teletelas', bem como no olhar de cada cidadão, alienado ao sistema autoritário.
O grande irmão "representa", mas, não é a perfeição, ele exige das pessoas a lealdade máxima, não pelo respeito que as pessoas deveriam ter, e sim pelo extremo medo de serem mortos ou mandados para o campo de trabalhos forçados. A dinâmica do trabalho de Winston acaba sendo um trabalho forçado e controlado sem nenhuma possibilidade de escolhas, a coisa toda tem de ser feita para que o passado seja desfeito, na sua própria cabeça e das sociedade como no todo.
O grande irmão, no livro, representa não uma pessoa na qual está concentrado todo o poder, e sim, em um sistema totalmente controlador, pronto a esmagar quem o confronta e o contesta. Não vou dar mais detalhes do livro para não lhes tirar o prazer de descobrir saboreando cada página.
Recomendo fortemente a leitura desse livro, e que cada um busque cada vez mais ler, ocupar a mente com coisas boas, alimentar o intelecto de informações saudáveis que lhe fará um cidadão melhor a cada dia.