TEMPOS DE INCERTEZAS.
Vivemos tempos de incertezas, preços absurdos nos mais diversos setores. Itens da cesta básica tiveram reajustes exorbitantes, calculada pelo Procon-SP, composta de 39 itens de alimentação, limpeza e higiene pessoal. O grupo de alimentos, que compõem a maior parte da cesta, foi de R $928,87 em junho para R $932,60 em julho, uma alta de 0,40%. O café teve a maior alta, 10%; arroz, feijão, e outros itens que também tiveram alta.
A carne, por exemplo, foi uma das que mais subiram, fazendo os brasileiros migrarem para outros tipos de mistura, como frango e porco - que também tiveram reajustes - todos esses produtos tiveram alta puxados pelos constantes reajustes nos combustíveis. Considerando que toda produção brasileira é transportada por caminhões movidos a diesel, é de se esperar uma inflação a níveis nunca antes visto.
Essa não é uma realidade exclusiva do Brasil, países europeus também sofrem e se queixam dos mesmos problemas. Não é somente por aqui a alta no petróleo, por lá se observa tendências muito semelhantes às nossas. Culpar o comandante da nação por tudo de errado não é a saída. Temos que encontrar soluções rápidas e a curto prazo. O Brasil é um país de grande potencial, temos terras e água, e condições de abastecer as prateleiras do mundo todo, o que não conseguimos ainda é capacidade e competência governamental para fazê-lo. É preciso muito mais investimento, apoio aos pequenos produtores, incentivos fiscais, menos pedágios, ferrovias melhores, de norte a sul do país, facilitando o escoamento de produtos tanto dentro como fora dele.
Está se tornando cada vez mais comum ver menos produtos em nossas compras no carrinho de supermercado. O que antes se fazia em abundância e em um único lugar, agora é aos pingados, aqui e ali, uma peregrinação por preços e condições melhores. Embora, colocando na ponta do lápis, não há muita diferenciação. O que se economiza em determinados produtos gasta-se no combustível para se deslocar aos outros pontos mais baratos. No final, a conta do brasileiro será sempre maior do que ele havia calculado inicialmente. Não tem para onde correr. Como diz o refrão de uma antiga canção, " Se correr o bicho pega e se ficar o bicho como ".
Creio que a tendência, por momento, é de um leve aquecimento no setor financeiro devido às compras de fim de ano, mas, não devemos nos animar tanto com essa leve curva ascendente que, provavelmente terá outra logo no início do ano de 2022, uma ligeira queda devido as contas penduradas do ano anterior. A não ser que tenhamos um milagre financeiro para salvar a pátria, o que é difícil de acreditar.
São tempos de complexidades, opinar está se tornando perigoso, dependendo do que se fala é até crime. Não dizer nada acaba sendo a melhor resposta. Temos ainda o fantasma que nos assolou por dois anos, ele ainda está por aí, com novas variantes, não acabou, embora muito esteja se fingindo de desentendidos, o pandêmico monstro não desiste nunca. Somos apenas um barco nesse oceano de incertezas.
( A. L )