domingo, 30 de outubro de 2022

CRÔNICA DE DOMINGO.

 


      ALGO NUNCA VISTO.


       Como avaliar a situação atual? 

       É praticamente impossível realizar uma análise correta, coesa e justa. Considerando que existe um desequilíbrio pulsante de ambos os lados da balança. A situação foge da compreensão, atitudes arbitrárias, descontrole emocional, enfim, são muitas as variáveis a serem calculadas. Aquele Brasil de antigamente, onde o assunto principal em qualquer lugar era o futebol, parece ter ficado no passado. Poucos sabem dizer os nomes dos jogadores que participaram da copa do mundo neste ano, por outro lado, estes mesmos, estão afiados quando o assunto é política. São tempos diferentes em um novo mundo. Nunca se viu o que agora figura em nossa nação, não se imaginava tamanha participação do povo em assuntos que antes eram exclusivos de deputados e senadores.

Pautas, leis, emendas, constitucionalidade, enfim, tribunais superiores e seus julgamentos, antes, completamente ignorados, porém, tão aguardados e assistidos nos últimos tempos. Realmente vivemos uma nova realidade.

      É difícil avaliar a situação justamente pela forte polarização política existente. Muitos desejam falar, impor a base da caneta, e não estão interessados em ouvir o outro lado, nem o próprio povo, a não ser que o que fala seja do mesmo clã. Sendo contrário, será quase impossível tecer um diálogo amigável e pacífico. 

        Hoje é domingo, segundo turno das eleições presidenciais, muitas coisas importantes aconteceram nesse período, algumas, possivelmente desagradáveis. Essa crônica está sendo postada durante o período da manhã, não tenho a mínima ideia de quem vencerá as eleições, ( só para pontuar, as pesquisas apresentadas não me convenceu para nenhum dos lados ). Logo mais, no finalzinho da tarde, encerra as votações, quando a noite começar a despertar, teremos o final das apurações das urnas eletrônicas. No mais tardar, lá quase pelas oito da noite, acho eu, teremos o resultado de quem governará a nação por mais quatro anos. 

         Quem será o felizardo? 

         Realmente não sei.

         O meu candidato? O seu candidato? Quem sabe?

         Terminarei a crônica contando a história de um certo concurso de beleza ocorrido na selva, onde o gambá resolveu disputar. O seu desejo de vencer o concurso era tanto que ele combinou com o macaco e fez uma tremenda armação para levar o concurso como ganhador. Mesmo sendo o animal mais feito, fedido, usurpador de galinheiros, enfim, nada nele condizente com requisitos de potencial de vitória, mas, como combinado com o macaco e arquitetado todos os pormenores, estava pleno de que ganharia. O pelicano, com suas penas belíssimas, com todo o seu porte, era o favorito sem dúvidas. Quando o concurso estava para finalizar, apareceu um convidado diferente no alto de uma árvore. 

          Era a onça.

          Ela olhou para o macaco, quando este se preparava para finalizar a armação. A onça o encarou, apontou-lhe uma das garras afiadas como se dissesse: Cuidado com o que você vai fazer, macaco, eu estou de olho.

            Enfim amigos, tenho apenas a desejar uma boa e tranquila votação para todos nós, não fiquem em casa, não votem em branco ou anulem. Faça a sua escolha exercendo o seu direito democrático de decidir quem será o vencedor.

             

domingo, 23 de outubro de 2022

CRÔNICA DE DOMINGO

 


TEM UMA PULGA ATRÁS DA MINHA ORELHA.


   Por mais que eu queira acreditar que no final dará tudo certo, fica aquela insistente pulga atrás da orelha incomodando, por sua vez, essa, refere-se a certo algoritmo usado na primeira rodada. O postulante da situação conseguiu fazer grandes ajuntamentos por todo o país, multidões o seguiram em seus automóveis, as cores da floresta e do sol tremulando por todo o país... O que pensar disso. Havia, como ainda há, os larápios opositores sempre contrários ao que o da situação alude. No decurso desse tempo, inverdades foram ditas, acusações, apontou o indicador em riste, chamou-o de indômito, entre tantas outras injúrias sem sentido prático. Quanto aos ajuntamentos da oposição, não me pareceram consideráveis, eram sempre com poucas pessoas, no entanto, haviam aqueles que, milagrosamente a fizeram parecer de um tacanho, para algo mastodôntico.

      As pessoas ficaram polarizadas, cada uma defendendo o seu lado, por esses e aqueles motivos, apresentavam as suas razões para tal, cada um com suas certezas. Veio o primeiro turno, havia expectativas de ambos os lados, ninguém queria admitir a derrota, os dois lados dizem com convicção que levariam a vitória já na primeira rodada. O resultado foi muito diferente para os dois lados, para uns, angústia por não ter liquidado logo de pronto, para outros, revolta, e um gosto amargo, uma desconfiança de que algo estava errado. Acusações de fraudes floresceram aqui e acolá, a oposição fez que nem escutou, deu de ombros, um e outro que disseram qualquer coisa sem muita relevância, mas, o gosto amargo permaneceu.

      Estratégias refeitas, segundo turno em curso, campanhas a todo vapor. A mesma situação acontece em todo o território desta gigante nação, de um lado multidões, do outro, o pouco que se faz parecer muito. Contudo, ficou ainda aquela pulga atrás da orelha, incomodando, coçando vez e outra, ainda que se tente arrancá-la, ela, muito esperta, desaparece, às vezes, aparecendo repentinamente. O senado e o parlamento já se definiram, foi exatamente como a situação previu, alguns governadores também estão definidos em seus comandos, com outros ainda a definir, porém, a situação conseguiu eleger o maior número de apoiadores do que a oposição.

        Quanto a pulga do algoritmo... Ela permanece por aí, pulando alegremente entre as caixinhas eletrônicas onde digitamos nossa escola em números. Estou preocupado com essa pequena pulga, fica o medo dela, no momento em que eu for digitar, eu mais outros milhões Brasil a fora, na mesma escolha, ela coloque o tal algoritmo para... Como vou dizer... Buga tudo. Ah! Essa pulga... Sei não viu, vamos esperar meus amigos, vamos esperar. Muitas mentiras são propagandas no serviço da desinformação, ninguém sabe exatamente de que lado elas aparecem. 

    Se faz verdade o mito em que a mentira roubou as vestes da verdade, e anda por aí, alegremente, enquanto a verdade nua, ninguém a suporta.

     São tempos difíceis, a liberdade está em jogo, eu não consigo fechar os olhos e me fingir de cego. O meu coração está aflito, estou temeroso com o que pode acontecer nos próximos dias. Que Deus abençoe e ilumine cada um na escolha que será feita no dia 30 de Outubro. 

domingo, 16 de outubro de 2022

CRÔNICA DE DOMINGO.

   


   DIZEM QUE CRISTO VOLTOU ESSA NOITE.

                  

   Neste domingo quero postar algo diferente, o título da crônica é de um livro que devorei-o durante a pandemia, na ocasião, escrevi essa resenha, achei interessante para o momento, então resolvi postá-la novamente com alguns acréscimos pessoais.

   No que se refere ao livro.

   A obra que intitulou a crônica é antiga, de 1979. Já o assunto é por demais atual e instigante. Nas preciosas páginas dessa novela, ( Júlio ) narra de forma magistral as experiências vividas por dois repórteres em meio aos estarrecedores  acontecimentos que antecedem a segunda vinda de Cristo. O protagonista principal da história é o repórter de um dos maiores matutinos da capital ( pag. 9 ). O mundo foi recentemente abalado por acontecimentos inexplicáveis ao repórter Jacques. A imprensa que ainda funciona não se fala em outra coisa. "Terror e destruição no mundo! Centenas de acidentes rodoviários, ferroviários, aéreos e marítimos, em todos os continentes essa noite!" - "Milhões de pessoas desaparecidas nas últimas horas"  - "Parece que chegou o fim para este mundo!" - "Dizem que Cristo voltou essa noite!…" 

" Todos os continentes abalados por imensos terremotos e maremotos!" - " Milhões de pessoas mortas continuam insepultas!" Assim começa a história, Jacques é testemunha dos fatos, que passa a procurar em meio ao caótico cenários respostas plausíveis. Seu amigo e chefe da equipe de reportagem, que era Cristão, está entre os desaparecidos, Jacques é o tipo de pessoa que crê timidamente na existência divina, porém, um homem revoltado com o sistema religioso de sua época, muitos o descreveriam como típico ateu. Na igreja onde o amigo estava, figuravam apenas algumas pessoas, chorando e lamentando por terem ficado. O seu amigo está entre os que misteriosamente desapareceu.

   Jacques saiu a procura de respostas para os recentes acontecimentos, alguma coisa que explicassem tamanhas absurdidades. De posse de fitas gravadas de seu amigo que sumiu. O repórter começa a perambular pelas ruas, buscando nos endereços contidos nas gravações da fita, qualquer resposta que fizessem o mínimo de sentido. Em todos os endereços, era a mesma conclusão - pessoas que sumiram sem deixar rastros - . Em cada visita, o repórter que tinha o intuito de obter respostas, ficava ainda com mais dúvidas.

À partir da página 77, o livro entra na segunda parte, cujo narrador é o amigo de Jacques. Nesta segunda parte, o narrador, Fernando, conta-nos o depoimento dos últimos fatos ocorridos no mundo antes do misterioso desaparecimento, organizando-os de hora em hora. Essa segunda parte, que é o resultado da gravação de Fernando em fitas, é mostrada por Jacques a fim de tentar compreender o que de fato aconteceu. Fernando grava em fitas tudo quanto está acontecendo, hora à hora, tanto o caos social como os estranhos fenômenos meteorológicos. O mundo passa por terríveis transformações, enquanto os chefes de governo estão reunidos em Genebra com um misterioso homem, a qual chamam de novo messias, a fim de tentarem solucionar e organizar o mundo após o caos. Fernando acompanha a missionária Noemi em diversas dessas visitas. Também acompanha a jovem em sua igreja, participando de um culto, onde se converte a Cristo. Fernando agora, após reencontrar sua antiga fé, continua acompanhando a jovem em diversas visitas pela cidade. 

( Júlio O. Rosa ) autor do livro, dá à narrativa um tom belíssimo de romance entre Fernando e Noemi, que, em dado momento relembram fatos da infância, de que já se conheciam no passado. Ambos, além do reencontro, descobrem que se amam. O tom romântico dos dois ficou maravilhoso dando certa harmonia ao tom pesado do livro. 

   Os acontecimentos extraordinários ocorrem pelo mundo. Toda a narrativa da segunda parte do livro é a transcrição do que havia nas fitas gravadas por Fernando, até o momento máximo, onde um grandioso acontecimento dá sentido a tudo quanto estava ocorrendo, porém, para Jacques, que ficou para trás, é apenas o início do que será uma dolorosa jornada.

    Quero terminar a crônica imaginando o que aconteceria se amanhã tivéssemos essa manchete em todos os jornais do mundo ( Dizendo que mediante aos acontecimentos, ao que parece, Cristo voltou essa noite).

   Se nessa noite de domingo, milhões de pessoas desaparecem, misteriosamente, o que você faria? Aquele amigo do trabalho, o professor da faculdade, e , de repente, essas milhões de pessoas aleatórias pelo mundo sumissem sem deixar pistas. Explicações das mais absurdas, teorias, enfim, o que você faria?

   


domingo, 9 de outubro de 2022

CRÔNICA DE DOMINGO.

 


 RESUMO DA SEMANA.


Domingo.

Eleições.

Inúmeras pessoas indo às urnas eletrônicas depositarem os seus votos, firmarem as suas ideias, confirmarem convicções e propósitos. Carros, motos, camisas verdade amarelo, crianças nas ruas, idosos nas calçadas observando, sorrisos nos rostos que passam e retornam. De certo modo, pareceu tranquilo o curso do dia, pelo menos até o momento em que rabisco essas poucas palavras, não me chegou ao conhecimento de ocorrências graves. Direito e esquerda se movimentam, políticos e famosos também se identificam com os seus candidatos, cada um à sua maneira. Coloquei uma bandeira discreta no alto da minha janela.

O que será contado desse dia tão histórico?

Segunda-feira.

O céu azul não reflete o azul, está mais para um nublado tempestuoso com nuvens carregadas, o dia parece sombrio, de trevas pesadas. Do dia de ontem o que se pode contar? Foi histórico sim, não da maneira que imaginávamos, pois, o mesmo mostrou-se tenebroso, àquilo que o presidente sempre falou aconteceu, a fraude eleitoral está cristalina como água de nascente nova. Vejam... não é possível tal coisa. O que se pode dizer é que um misto de tristeza abateu-se nós semblantes de todos nós, de direita, patriotas. Mas, a luta não está perdida, o jogo ainda está correndo.

Terça-feira.

Da sacada da minha casa observo o movimento frenético de carros, folga, fim de tarde, descanso, dia de sossego. Embora tudo parece na mais tranquila paz, a verdade é que não está... Eu não estou conseguindo ficar em harmonia comigo mesmo, ainda que a face mostre normalidade, por dentro, existe um homem completamente descontrolado em todos os aspectos. Até quando este monstro interno ficar preso eu não sei, espero em Deus que ele não saia, que permaneça reclusa. Trabalho e política são os maiores desafetos que me levam ao delírio quase que automaticamente.

Quarta-feira.

Manhã ensolarada, dia calmo em suas primeiras horas matinais, café aromático com sua fumaça bailarina, o cantar dos pássaros do lado de fora da casa. É um belíssimo começo de manhã, quisera eu poder arrastá -lo no decurso do dia, porém, sei bem que não posso fazê-lo, tenho que aceitar os acontecimentos como são e da maneira que surgem. Logo mais terei que trabalhar, período da tarde, mercado movimentado, poucos funcionários, a mesma agonia de sempre, era para eu estar acostumado, mas não estou. Quando as novidades no meio político, não todas previsíveis, alianças, apoios... Tudo ainda é incerto.

Quinta-feira.

Os dias estão passando rápido como nunca antes, o sol surge no horizonte, os ponteiros correm frenéticos, escalando horas sem que percebamos. Os afazeres em que nos ocupamos são tantos que não conseguimos dar conta de tudo. Família, filhos, escola, casa, trabalho, enfim, nestes pequenos universos existem outros ainda maiores, que os engolem como a sombra de uma nuvem passageira O cenário político caminha rumo ao segundo turno, candidatos buscando apoios, do contrário também acontece. Já é sabido de todos que houve fraudes, quem a arquitetou fez um péssimo trabalho, estamos na esperança que nosso exercício em breve tome as providências.

Sexta-feira.

Dia instável, momentos de sol, seguido de nuvens pesadas, frio, vento, talvez uma possível chuva mais tarde. É dia de feira na rua de casa, movimentação frenética de transeuntes buscando frutas, verduras e barracas de pastel. Muita movimentação e pouca conversa, comparado com outros momentos eu diria que a feira está tímida, pelo menos nessas primeiras horas. O cenário político continua o mesmo, desinformação, ataques daqueles que se dizem defensores da democracia, mas, na verdade, fazem justamente o contrário. Demonizam o bem, santificando o mal. Todos os cidadãos de bem, que conhecem que a luta é espiritual, estão despertando para lutarem espiritualmente contra as forças das trevas.

Sábado.

O dia se inicia calmo, pouco movimento de carros, algumas pessoas nas ruas, no entanto, é apenas momentâneo, logo mais o monstro que é a cidade despertará com os seus longos braços e pernas, engolindo e destruindo tudo. Terei que trabalhar daqui a pouco, ontem tive folga referente ao feriado, o que não significa nada, não muda coisa nenhuma, o cansaço e insatisfação são os mesmos. O cenário político do país é uma caixa de surpresas, não dá para conjecturar nenhum cenário, todos são possíveis e impossíveis de acontecer. Termino a crônica da semana dizendo que, esperar, crer, acreditar, é isso o que devemos fazer.

   

CRÔNICA DE DOMINGO.

      UM PÁSSARO EM MINHA JANELA.     Um pássaro pousou em minha janela.     Quisera eu ter a paz e a tranquilidade da pequena ave que pouso...